sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Qual o limite para ser forte?

No momento em que usei a doença como fuga para tentar não enfrentar situações, foi quando ela me dominou.

Minha perna não volta a ficar reta. Já fiz aplicações de botox e tomei medicações. Meu próprio neurologista nunca viu um caso assim. Me disseram que psicologicamente isso pode representar a minha dificuldade em encarar uma nova realidade, colocar os pés no chão. Até que faz sentido, mas saber disso não me ajuda a descobrir como melhorar. Apelei para Aquele que pode ajudar. Pedi pra Deus me mostrar as coisas, falar comigo. Estava tomando banho e isso passou a ser algo que não me dá mais tanto prazer, eu amava tomar banho, mas ter que sentar, com dor... enfim, naquele momento veio a frase de destaque na minha mente. Fiz uma retrospectiva de quando as coisas começaram a desandar e não demorou para que percebesse o quanto ela é real. Que f r u s t a n t e! Houve sim o que desencadeou, como um gatilho... foi como se jogar de um prédio alto, de olhos fechados e assumi a postura de limitada, doente. Algumas realidades machucam tanto, gostaria de ter sido mais forte e persistente. A pior parte é saber que preciso retomar, daqui mesmo de onde estou, largada no chão, após cair da maior altura que já estive. A parte boa é que já conheço algumas armadilhas e pretendo subir desviando, focada, entregue,  mas desta vez para Deus, para quem entreguei o controle de tudo que sou e tenho.